Texto baseado em Isaías 58
No dia em que jejuais e orais estais jejuando e orando pelos vossos caprichos e interesses, e ainda exigis de mim que se faça o vosso trabalho. Eis que vós jejuais para brigas, contendas, jejuns de macumba e para ferir com punho o iníquo, são jejuns de ódio, espiritualidade de raiva. Jejuando assim como hoje não se fará ouvir a vossa voz no alto jamais, seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija sua alma e incline com a sua cabeça como o junco e estenda-se no chão sobre as cinzas chorando e se lamentando, é este o jejum? Chamarias tu a isto jejum? E um dia e uma hora aceitável ao Senhor? Vocês pensam que Eu Sou o Deus das dramaticidades que não se transformam em ação? Dos arrependimentos que não convertem? Porventura não é este o jejum que escolhi? Que soltes as ligaduras da impiedade, as tuas e as dos outros. Que desfaças as ataduras da servidão, as tuas e as dos outros. Se tu estás sob servidão quebra, se tu vires alguém sob escravidão espiritual, psicológica, emocional, humana, social, econômica e tu puderes, liberta. Deixes livres os oprimidos, este é o jejum de Deus, que despedaça todo jugo, porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto ao invés de ficares sem comer guardando o pão pra comer depois? O Senhor diz, eu prefiro que tu comas a metade e dês a outra este é o jejum da solidariedade que me agrada. Porventura o meu jejum não é este que invés de abstinência que você faça compartilhamento? Reparta o teu pão com o faminto e recolhas em casa, os pobres e desabrigados e se tu vires o nu, o despido, nu em qualquer estado, físico, psicológico, emocional, que tu o cubras e não te escondas do teu semelhante. Não é este porventura o jejum que me agrada? Entendam isto.
Então se entenderem e assim praticarem, romperá a tua luz como a alva, a tua cura de tuas doenças e lamúrias, somatizações e depressões, a tua cura brotará sem detença, a sua doença é inatividade de amor, a doença da maioria de nós é inatividade de amor, é paralisia de amor no coração, bote o amor para agir e a sua cura brotará sem detença, e a tua justiça irá adiante de ti, e a tua glória e a glória do Senhor virá na tua retaguarda. Então quando assim for, tu clamarás e o Senhor te responderá na hora, gritarás por socorro e Ele dirá shsh Eis-me aqui. Sim, se tirares do meio de ti o julgo, a opressão, o dedo de ameaça, o falar injurioso perverso. Se abrires a tua alma ao faminto de fomes concretas e fomes abstratas, se tu abrires a tua e ofereceres a tua alma como alimento pra alma carente de amor, de abraço e fartares a alma aflita com consolação, com presença, então a tua luz nascerá em qualquer treva, e a tua escuridão o teu pior dia vai estar iluminado como se fora meio dia, o Senhor te guiará quando assim for continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortalecerá os teus ossos, tu te tornarás como um jardim regado no teu interior, como um manancial cujas águas jamais faltam, os teus filhos serão úteis à vida, eles edificarão ruínas antigas, eles não terão uma ruptura com o que foi teu compromisso e tua fé, eles vão ajudar a construir até os fundamentos arruinados, se tu fizeres assim tu estarás plantando caminho do futuro no coração dos teus filhos, levantarás os fundamentos de outras gerações, e serás chamado de um reparador de brechas, de buracos, um tratador de calamidades, um restaurador de veredas, para que o país se torne habitável, para que a vida se torne possível. Sim, se tu desviares o teu pé das profanações, parares de cuidar dos teus interesses e buscares em primeiro lugar o reino de Deus, todas as coisas lhe serão acrescentadas, sim, se tu assim fizeres então tu te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os alpes espirituais, e te sustentarei com o trigo mais fino, e te saciarei com o mel que escorre da rocha, porque a boca do Senhor o disse.
Autor:
Caio Fábio de Araújo Filho
Transcrição:
Felipe Gustavo